Sinto uma coisa molhada na testa. Levanto a cabeça e vejo os grandes olhos verdes da Marta a olhar para mim. Há alí qualquer coisa fora do normal. Preocupação. E depois lembro-me. “Onde andaste? Não ‘tavas no Hospital? ‘Tás doente, porquê é que não ficaste lá?” Sinto-me fraco demais para mentir, por isso não digo nada. Fecho os olhos. Sinto a mão suave da Marta na minha cabeça. “Fiz-te torradas. Quando as quiseres diz.” Foda-se, hoje sou um rei. Devia vomitar sangue mais vezes. |